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Mensagem de agradecimento da Chapa 2

Nossa campanha começou sob mau tempo. Em sua primeira manifestação, o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) impugnou a candidatura de 5 dos membros que viriam a compor a Chapa 2 em sua formação originária: Ana Cláudia Pinho, promotora de Justiça no Estado do Pará; Keity Saboya, magistrada no Estado do Rio Grande do Norte; Rodrigo Oliveira de Camargo, do Estado do Rio Grande do Sul; Ricardo Guinalz e Paula Mamede, ambos advogados em São Paulo. Foi realizada uma minuciosa análise do perfil dos candidatos que levou a impugnação da candidatura dos membros da Chapa 2 pelo Grupo de Trabalho Eleitoral, situação que não ocorreu com a Chapa oponente, talvez porque tenha realizado consultas prévias sobre a elegibilidade de seus membros antes do registro das chapas, como se infere da decisão do GTE no item 7 (leia aqui – primeira decisão do GTE).

 

O fato virou notícia. Um dos maiores portais jurídicos do Brasil noticiou o revés da Chapa 2 (leia aqui), dando a entender que as Eleições do IBCCRIM poderiam ter a homologação de chapa única. Enquanto isso, sem observar o prazo recursal e o cronograma das eleições  (leia aqui), nossos adversários colocaram sua campanha na rua, nadando, completamente sozinhos, em braçadas largas na raia da corrida eleitoral.

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Fora dos palcos institucionais, começaram a circular notícias falsas sobre a vida privada do nosso candidato a presidente. Vídeos extraídos da conta de seu perfil no Instagram – e, portanto, aberta a quem quisesse ver – expuseram propositalmente a origem humilde de sua família, a prática de tiro esportivo, sua primeira viagem internacional de férias. Criou-se uma narrativa que circulou na mídia (leia aqui) atribuindo-lhe a pecha de armamentista – ainda que estivesse realizando uma prática lícita e esportiva, totalmente regulamentada e que jamais poderia refletir o pensamento do candidato sobre o armamento da população no Brasil. Até porque são coisas totalmente distintas e nossos associados conseguem enxergar a diferença entre as coisas.

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Apresentamos recurso questionando as consultas prévias e a não homologação dos nomes de Keity Saboya e Ricardo Guinalz (leia aqui), os quais, por atender os critérios objetivos, permaneceram na disputa; Ana Cláudia Pinho, Paula Mamede e Rodrigo Oliveira de Camargo cederam lugar a Luis Carlos Valois, Natália Sanzovo e Renato Watanabe (leia aqui). Não perdemos ninguém na nossa luta, apenas agregamos mais três nome de peso e de muita experiência no trato com o IBCCRIM ao nosso time!

 

Impugnamos a propaganda que entendíamos ilegal (leia aqui). Até ali, a disputa eleitoral já havia se mostrado árdua para nós.
 

Mas seguimos em frente! Colocamos nossos eixos de propostas no ar (+ Acessibilidade, + Inovação, + Pesquisa, + Reconhecimento e + Cursos&Eventos, leia aqui) e fomos escutar o nosso associado. Foi uma campanha de intensos contatos para dar ouvidos aos problemas que identificavam. Notamos barreiras estruturais para dar maior pluralidade ao Instituto, diante disso buscamos uma interlocução horizontal formando um Grupo de Trabalho de Juristas Negras e Negros pela diversidade no IBCCRIM. Como primeiro compromisso, pedimos a inclusão dos associados isentos no processo eleitoral e que fosse a chapa adversária instada a se manifestar a respeito (leia aqui): com a decisão do GTE, associados com isenção da contribuição têm assegurado o direito de se manifestar nas urnas, conquista histórica para o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais.
     

Uma campanha propositiva foi travada. Expusemos algumas ideias de realizações, mas, sobretudo, demonstramos a essência do nosso compromisso: olhar para dentro; melhorarmos o acesso das pessoas ao Instituto e sua experiência com ele. Apresentamos nossos candidatos, suas experiências e qualidades que os tornam aptos para conduzir o Instituto no próximo biênio. As pessoas que os conhecem sabem o quanto elas se dedicam ao IBCCRIM.

 

Nossa candidatura incomodou muita gente. Curiosamente, colocou lado a lado adversários históricos, com visões de mundo, achávamos nós, completamente antagônicas. O IBCCRIM está se abrindo para uma nova realidade em que outras pessoas participam dos processos e decisões do Instituto. Não mais as mesmas pessoas de sempre, dos mesmos locais de sempre. Nossa candidatura tem pessoas de todos os cantos do país, algo impensável até pouco tempo atrás, cujos cargos de importância raramente ultrapassavam a região sudeste do Brasil. 

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Temos o apoio de pessoas que participam do dia a dia do IBCCRIM e de pessoas que constroem as ciências criminais independentemente de qualquer condição. São pessoas que participam por acreditar verdadeiramente nos ideais do IBCCRIM. Queremos que todos ajudem a construir um IBCCRIM diverso, plural e, sobretudo, que se beneficiem de tudo aquilo que o IBCCRIM possa lhes oferecer enquanto entidade de formação científica crítica.

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Requeremos a impugnação da candidatura dos membros da chapa opositora (leia aqui) e pedimos a perda de registro da chapa quando, publicadas as listas de votantes (leia aqui), notamos que três candidatos não tinham direito a participar da votação, segundo os critérios estabelecidos para a formação do colégio eleitoral; o Grupo de Trabalho Eleitoral deferiu parcialmente o nosso pleito e determinou a substituição de três candidatos da Chapa 1 (leia aqui), porque, como se sabe, quem não pode votar também não pode ser votado. 

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É lamentável observar que, depois desse fato eleitoral muito grave, nenhuma das mídias que tanto se interessaram pelo processo eleitoral na inauguração da campanha mostrou a mesma empolgação nos desdobramentos dos acontecimentos que se seguiram.

 

Agora, às vésperas do início da votação, estamos aqui para agradecer por tudo que se construiu até aqui. Agradecer o empenho dos apoiadores e apoiadoras na divulgação da nossa campanha; aos Grupos de Trabalho que se formaram para a troca de ricas experiências e ideias; a paciência das associadas e dos associados que sempre receberam nossas mensagens e ligações com extrema cordialidade; aos candidatos e candidatas das chapas que proporcionaram mais uma oportunidade para que o IBCCRIM se fortalecesse como um Instituto democrático.

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Amanhã inicia a votação e, independentemente do resultado, aqui expressamos o nosso MUITO OBRIGADO.

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